Há alguns anos, as preocupações dos jovens eram com o mundo, com o país. Hoje, continua sendo com o futuro, mas com o próprio. Antes, se desejava um lugar melhor para os filhos, para as novas gerações, e por isso se manifestava, e todos corriam atrás dos seus direitos. A educação que essas pessoas receberam, as moldou pra isso, pra lutar. A educação que nós jovens recebemos hoje nos prepara para um concurso, pra nossa vida e realização pessoal.
O jovem hoje não quer perder tempo. Lutar por algumas causas poderia sê-lo, já que, na cabeça do jovem, as chances de obter algum resultado são mínimas. E já que não vale a pena, é melhor cuidar cada um da sua vidinha, e deixar esses assuntos de sociedade e política com os adultos.
As gerações anteriores, sabiam de política, de economia... A atual, sabe de futebol, música. A capacidade que tem para armazenar letras de músicas, nomes de jogadores, seria muito bem empregada em saber o melhor candidato em que votar, o que tem as melhores propostas...
Vivemos num tempo em que é cada um por si. Ninguém faz mais nada por ninguém, e ninguém se junta pra reivindicar direitos. Se os nossos antepassados pensassem assim, ainda viveríamos em um ditadura, ou pior...
Comentei nos blogs: Rennan Pires (t. 302) e Guilherme Gonçalves (t. 302).
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
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Daniel,
ResponderExcluirGostei muito do teu texto, ele mostra uma consciência social e política. Realmente, os jovens de décadas anteriores lutavam em prol de um mundo melhor, com melhores condições de educação, saúde, igualdade, moradia, e principalmente, pela liberdade e democracia. Hoje não temos o que reivindicar? Onde estão nossas causas? Estão faltando causas sociais que interessem os jovens? Que os motivem? Continuemos refletindo.
Um abraço.